"O debate agora é cosmopolítico"

Perspectiva afropindorâmica, Antropo-cego e Ontologia Combativa

Autores

  • Jade Lôbo UFSC

DOI:

https://doi.org/10.48006/2358-0097-7215

Palavras-chave:

cosmopolítica, Antonio Bispo dos Santos, afroindígena, antropoceno, antropo-cego, cosmologia

Resumo

O presente ensaio busca seguir as propostas afropindorâmicas dentro do debate Cosmopolítico. O fluxo movedor deste texto são as críticas negraindígenas ao colonialismo. “O debate agora é Cosmopolítico” foi uma frase dita por Mestre Nêgo Bispo em sua crítica contracolonial ao decolonial, e ao colonialismo. Seguindo este eixo proposto pelo Mestre, as críticas aqui tecidas buscam apresentar por meio de uma revisão bibliográfica e de informações relatadas por mestres/as, as compreensões negra-indígenas ou afropindorâmicas que encadeiam os cosmos como intensidades e agências no atual “ceno”, o fim de mundos.

Referências

ADESINA, Jimi O. 2011. Against alterity: the pursuity of endogenity, breaking bread with Archie Mafeje. In: DEVISCH, R.; NYAMNJOH, F. (Eds.). Postcolonial turn: re-imagining anthropology in Africa: . 45-70

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.

ASAD, Talal. [1993] 2010. “A construção da Religião como Categoria Antropológica”. Cadernos de Campo, 19: 263-284

ANI, Marimba. 1994. Yurugu: An African-centered critique of European cultural thought and behavior. Africa World Press.

BISPO DOS SANTOS, Antonio. 2015. Colonização, quilombos: modos e significações. Brasília: Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa.

BISPO DOS SANTOS, Antonio. 2018. Somos da terra. PISEAGRAMA: Belo Horizonte.

BORGES, Antonádia et al. 2015. Pós-Antropologia: as críticas de Archie Mafeje ao conceito de alteridade e sua proposta de uma ontologia combativa. Sociedade e Estado 30(2): 347-369.

BUTLER, Judith. 2015. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 8ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

FAIK-NZUJI, Clémentine M. 2000. Arts africains: signes et symboles. Paris, Bruxelles: De Boeck, Larcier.

FU-KIAU, Kia Bunseki. 1980. The african book without title. Cambridge: s.e.

KILOMBA, Grada. 2020. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Editora Cobogó.

KRENAK, Ailton. 2019. Ideias para adiar o fim do mundo. Editora Companhia das Letras.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. 2019. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Editora Companhia das

Letras.

LATOUR, Bruno. 2020. Onde aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo.

LIMA, Fernanda da Silva; SILVA, Karine de Souza. Teorias críticas e estudos pós e decoloniais à brasileira: quando a branquitude acadêmica silencia raça e gênero. Coluna Empório Descolonial, 2020. Disponível em:

<https://emporiododireito.com.br/leitura/teorias-criticas-eestudos-pos-e-decoloniais-a-brasileira-quando-abranquitude-academica-silencia-raca-e-genero>. Acesso 10 dez. 2021.

LÔBO, J. A.; PEREIRA, C. S. . Retomadas Tupinambás: Uma história de resistência. In: Revista Odù: Contracolonialidade e Oralitura. 1ed.Ilhéus: , 2021, v. , p. 30-33.

MAFEJE, A. 1976. “The Problem of Anthropology in Historical Perspective: Na Inquiry into the Growth of the Social Sciences”, Canadian Journal of African Studies / Revue Canadienne Des Études Africaines: 307-333.

MALOMALO, Bas´Ilele. 2018. Epistemologia do ntu: ubuntu, bisoidade, macumba, batuque e “x” africana. In: Souza, Elio Ferreira de et al (Org.). Cultura e história afrodescendente. Teresina: FUESPI. p. 561-574.

MALOMALO, Bas’Ilele. 2017. Retratodos brancos/as antirracistasfeito do ponto de vista de uma educação macumbista. In: Müller, Tania e Cardoso, Lourenço. Branquitude: estudos sobre a identidade branca no branca no Brasil.. Curitiba: Appris. p. 259-276.

MANICA, D. 2009. Contracepção, natureza e cultura: Embates e sentidos na etnografia de uma trajetória. Tese de Doutorado em Antropologia Social, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

MBEMBE, A. 2003. Necropolitics. Public Culture, Duke, 15(1): 11-40.

NOGUERA, Renato. 2011a. O ensino de filosofia e a lei 10.639/03. Rio de Janeiro: CEAP.

NOGUEIRA, Renato. 2011b. Denegrindo a filosofia: o pensamento como coreografia de conceitos afroperspectivistas. Griot: Revista de Filosofia 4(2):1-19.

NOGUEIRA, Renato. 2012. Denegrindo a educação: Um ensaio filosófico para uma pedagogia da pluriversalidade. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação 18: 62-73.

NTUMBA, Tshamalenga M. 2014. Le réel comme procès multiforme: pour une philosophie du Nous processuel, englobant et plural. Paris: Edilivre-Aparis.

OYEWÙMÍ, Oyèrónké. 2018.VISUALIZANDO O CORPO: TEORIAS OCIDENTAIS E SUJEITOS AFRICANOS. Novos Olhares Sociais 1(2): 294-317.

RUFINO, Luiz; SIMAS, Luiz Antonio. 2018. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Mórula editorial.

RUFINO, Luiz. 2018. Pedagogia das encruzilhadas. Periferia 10(1): 71-88.

RUFINO, Luiz. 2019. Pedagogia das encruzilhadas. Mórula Editorial.

SODRÉ, Muniz. 2017. Pensar nagô. Petrópolis: Editora Vozes.

STENGERS, Isabelle. 2018. "A proposição cosmopolıtíca". Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 69, 442-464.

TSING, Anna. 2019. Interlúdio “Destroços e recuperação” e Capítulo 7 “Sobre a não escalabilidade: o mundo vivo não é submisso a escalas de precisão aninhadas. In: Tsing, Anna. Viver nas ruínas: paisagens multiespécie no antropoceno. Brasília, IEB, Mil Folhas.

TODD, Zoe. 2015. Uma interpelação feminista indígena à “Virada Ontológica”:“ontologia” é só outro nome para colonialismo. Blog GEAC.

Downloads

Publicado

21.02.2022

Como Citar

Lôbo, J. (2022). "O debate agora é cosmopolítico": Perspectiva afropindorâmica, Antropo-cego e Ontologia Combativa. Novos Debates, 7(2). https://doi.org/10.48006/2358-0097-7215

Edição

Seção

Fórum