Caminhar(es)

Movimento e aprendizagem em Tim Ingold

Autores

  • Gustavo Guedes Brigante Pontifícia Universidade Católica de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-3052-6682
  • Mariza Martins Furquim Wernek Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.48006/2358-0097-7109

Palavras-chave:

Caminhar, Organismo, Ambiente, Movimento, Aprendizagem

Resumo

O ensaio objetiva, sobretudo a partir de Tim Ingold, considerar as implicações ecológicas do caminhar, isto é, das implicações surgidas na relação organismo-meio no contexto e fluir desta ação. Evocando uma etnografia do caminhar dos Van Gujjar e, outra, dos caminhos e histórias dos Tłı̨chǫ, o ensaio segue os contrastando com o caminhar urbano caracterizado por Goffman e Kawada. Evidenciando que a emergência das cidades modernas e os ritmos acelerados da vida urbana contemporânea operaram diversas inversões nas lógicas e maneiras do caminhar apresentadas nos exemplos etnográficos mencionados, o ensaio argumenta que tais processos impactaram de maneira danosa não apenas a ‘proceduralidade’ do caminhar, mas, consequentemente, a compreensão do que é ‘habitar’.

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Publicado

14.08.2021

Como Citar

Guedes Brigante, G., & Wernek, M. M. F. (2021). Caminhar(es): Movimento e aprendizagem em Tim Ingold . Novos Debates, 7(1). https://doi.org/10.48006/2358-0097-7109

Edição

Seção

Ensaios