Com o Corona mudou tudo né?
Reflexões sobre o corpo negro feminino e experiências de parto durante a pandemia na cidade de Porto Alegre
DOI :
https://doi.org/10.48006/2358-0097-7205Mots-clés :
racismo estrutural, violência, mulheres negras, partoRésumé
O presente trabalho é parte de minha pesquisa de doutorado iniciada no ano 2019, a pesquisa vem buscando discutir a relação entre racismo estrutural e seus efeitos nas instituições públicas de saúde. Considerando a importância da discussão de determinados marcadores sociais no campo da antropologia do corpo e da saúde, a pesquisa vem fazendo os cortes de gênero, raça e econômico, de maneira que o trabalho tem buscado compreender as experiências que envolvem diferentes fases da maternidade (gestação, parto e cuidado) de mulheres negras, considerando os atravessamentos aos quais esses corpos estão submetidos. Tem sido aspecto central na pesquisa problematizar algumas institucionalizações que vem causando experiências de dor e sofrimento às mulheres negras, para este trabalho específico - Com o corona mudou tudo né? ” Reflexões sobre o corpo negro feminino e experiências de parto durante a pandemia cidade de porto alegre - considero refletir o quanto o contexto de pandemia vem causando efeitos ainda mais violentos às experiências de parto das mulheres negras atendidas pelo sistema o público de saúde; assim, faz-se necessária a discussão dos conceitos antropológicos de sofrimento social e embodiment. Como metodologia, considerando os limitadores impostos pelo contexto pandêmico ao qual esse trabalho está submetido, utilizou-se como recurso entrevistas não estruturadas e a distância; aqui o trabalho é feito a partir do relato de duas mulheres negras atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre.
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