A dança da "panha"
Pensando paisagens multiespécies de apanhadoras de flores sempre-vivas junto à Anna Tsing
DOI:
https://doi.org/10.48006/2358-0097-7101Palavras-chave:
Paisagem Multiespécies, Sempre-vivas, Antropoceno, Plantation, Anna TsingResumo
Neste ensaio, o olhar é direcionado a uma comunidade quilombola de apanhadora de flores localizada na Serra do Espinhaço Meridional, no centro norte mineiro, e aos seus modos de vida em coordenação com outras formas de vida. A partir do diálogo com Anna Tsing e algumas de suas noções, dentre as quais a de paisagem multiespécies, a atividade de coleta de flores sempre-vivas é colocada em perspectiva sob a forma de dança para analisar a diversidade cultural e biológica colaborativa. O lócus é o tempo do antropoceno, no qual a destruição ambiental levada a cabo pela ação humana, a exemplo da monocultura de eucaliptos no território, produz ruínas. Resta ocupá-las como movimento de resistência pelo direito de existir.
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