Uma antropóloga na escola de samba

Pesquisa de enredo no carnaval carioca

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48006/2358-0097/V10N2.E102009

Palavras-chave:

Carnaval, Escolas de samba, Pesquisa de enredo

Resumo

Este artigo analisa a trajetória da autora como pesquisadora no universo do carnaval carioca, com ênfase em sua transição do papel de observadora participante para o de pesquisadora de enredo da Estação Primeira de Mangueira. Essa mobilidade permite refletir sobre as diferentes dimensões do fazer etnográfico quando os papéis de pesquisadora e profissional se entrelaçam, além de oferecer uma oportunidade única de analisar o ofício ainda pouco estudado de pesquisadora de enredo nas escolas de samba. O texto aborda a entrada da autora como voluntária no barracão da escola, as dinâmicas de trabalho e relações sociais observadas, e a análise se estende ao impacto da pandemia e às transformações ocorridas entre 2020 e 2022, culminando na transição da autora para o papel de pesquisadora da agremiação. O artigo oferece uma reflexão aprofundada sobre o ofício de pesquisadora de enredo, explorando suas múltiplas dimensões, desafios e transformações em meio à crescente profissionalização das escolas de samba.

Biografia do Autor

Sthefanye Silva Paz, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional

Doutoranda em Antropologia Social no Museu Nacional (UFRJ), Mestra em Ciências Sociais (UFRRJ) e Licenciada em Ciências Sociais (UFRRJ). Realiza pesquisas sobre trajetória de mediadores culturais através da interseção das categorias de juventudes, religião e música negra. Atualmente é Bolsista CAPES de Doutorado e também foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência entre 2012 e 2013. Suas áreas de interesse se concentram na Antropologia da Religião e na Antropologia Urbana.

Referências

BARBIERI, Ricardo José de Oliveira. 2009. “Cidade do Samba: do barracão de escolas às fábricas de carnaval”. In: CAVALCANTI, Maria Laura; GONÇALVES, Renata (orgs.). Carnaval em múltiplos planos. Rio de Janeiro: Aeroplano. pp 125-144.

BORA, Leonardo Augusto. 2021. “Glória a quem trabalha o ano inteiro?”: notas sobre os “barracões” do carnaval carioca”. PragMATIZES - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura, 11 (21): 24-47. DOI: https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v11i21.49499

CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. 2006. Carnaval carioca: dos bastidores ao desfile. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

GOLDWASSER, Maria Julia. 1975. O Palácio do Samba: Estudo Antropológico da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Rio de Janeiro: Zahar.

PAZ, Sthefanye Silva. Enredos, funções e trabalhos: produção carnavalesca e práticas religiosas no barracão da Mangueira. 2025. 267 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Downloads

Publicado

06.04.2025

Como Citar

Silva Paz, S. (2025). Uma antropóloga na escola de samba: Pesquisa de enredo no carnaval carioca. Novos Debates, 10(2). https://doi.org/10.48006/2358-0097/V10N2.E102009

Edição

v. 10 n. 2 (2024)

Seção

Ofício

Licença

Copyright (c) 2025 Novos Debates

Licença Creative Commons

Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.

Política de Acesso Aberto

Somos uma revista de acesso aberto. Não cobramos pela publicação de artigos ou pelo acesso aos fascículos da revista.
Todo o conteúdo da revista, exceto indicação contrária em materiais específicos, está licenciado sobre Atribuição 3.0 Creative Commons Brasil (CC BY 3.0 BR).

Você tem o direito de:
– Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
– Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
– O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.

De acordo com os termos seguintes:
– Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
– Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.