“O tapajós é o berço de onde nosso povo surgiu”
Notas etnográficas sobre a luta do povo Munduruku pela vida
DOI:
https://doi.org/10.48006/2358-0097-6204Palavras-chave:
Munduruku, luta, território, invasões, EstadoResumo
Para o povo Munduruku, assim como para muitos ameríndios, o mundo – ou os mundos – é habitado por diversos seres humanos e não humanos. Relacionar-se com a floresta, com os rios e com o território como um todo também implica se relacionar com esses seres outros, pois são sujeitos que possuem agência que influencia no mundo dos “vivos”. A partir das narrativas Munduruku, é possível perceber como os projetos de desenvolvimento almejados pelo Estado brasileiro, articulados às invasões e à falta de fiscalizações e de proteção às terras e territórios indígenas, violentam suas vidas em seu cotidiano, desde a terra em que pisam até os diferentes mundos e seres que compõem sua cosmografia.
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