Realidade e artificialidade

Uma análise da construção social dos sentimentos a partir da experiência de uma Inteligência Artificial

Autores

  • Bárbara Barbosa Duarte dos Santos Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.48006/2358-0097/V8N2.E8202

Palavras-chave:

emoção, construção social, realidade, artificialidade, cinema

Resumo

Este ensaio propõe discutir, baseado no filme Her, como a experiência e a expressão dos sentimentos se constituem socialmente através das relações de convívio social. A metodologia apoia-se em uma revisão narrativa, com base teórica de obras produzidas no campo das Ciências Sociais, com ênfase em Antropologia das Emoções. O objeto de análise são as emoçõesdesenvolvidas pela personagem Samantha, um sistema operacional de inteligência artificial. O objetivo é realizar uma contraposição teórica às noções biológico-corporais acerca das categorias emotivas. Considerando a discussão realizada entre as obras e a relação de dois personagens opostos, é possível inferir que a emocionalidade se manifesta por meio de redes coletivas de interdependência. Assim, as emoções e suas formas de expressão se apresentam como constitutivamente sociais.

Biografia do Autor

Bárbara Barbosa Duarte dos Santos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Referências

ABU-LUGHOD, Lila e LUTZ, Catherine. 1990. “Introduction”. In: Lila Abu-Lughod e Catherine Lutz (orgs. ). Language and Politics of Emotion. New York, Cambridge University Press, p.1-23.

DEL MONACO, Romina. 2014 “Emociones, género y moralidades: modos de padecer migranãem Buenos Aires, Argentina”. Antipod. Rev. Antropol. Arqueol.19: 121-142. DOI: http: //dx. doi. org/10.7440/antipoda19.2014.06. DOI: https://doi.org/10.7440/antipoda19.2014.06

ELIAS, Norbert. 1993. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

ELIAS, Norbert. 2000. Os estabelecidos e os outsiders: Sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda.

ELIAS, Norbert. 2001. A solidão dos moribundos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

HOCHSCHILD, Arlie. 2013. “Trabalho Emocional, Regras de Sentimentos e Estrutura Social”. In: Maria Cláudia Coelho (org. ). Estudos sobre Interação: textos escolhidos. Rio de Janeiro: EdUERJ.

LE BRETON, David. 2009 As paixões ordinárias. Petrópolis: Vozes.

LUTZ, Catherine A. 1988. Unnatural emotions: everyday sentiments on a Micronesian atoll & their challenge to Western theory. Chicago: University of Chicago Press. DOI: https://doi.org/10.7208/chicago/9780226219783.001.0001

MAUSS, Marcel. 1980. “A Expressão Obrigatória dos Sentimentos”. In: Sérvulo Figueira (org. ). Psicanálise e Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves. p. 56-63.

MAUSS, Marcel. 2003 “As técnicas do corpo”. In: Marcel Mauss. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify. p. 399-422.

ORTNER, Sherry B. 1979. “Está a mulher para o homem assim como a natureza paraa cultura? ”. O mundo hoje 31: 95-118.

REZENDE, Claudia B. 2002. “Mágoas de amizade: um ensaio em antropologia das emoções”. MANA 8(2): 69-89. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93132002000200003

REZENDE, Claudia e COELHO, Maria Claudia. 2010. Antropologia das emoções. Rio de Janeiro: Editora FGV.

Downloads

Publicado

16.06.2024

Como Citar

Santos, B. B. D. dos. (2024). Realidade e artificialidade: Uma análise da construção social dos sentimentos a partir da experiência de uma Inteligência Artificial. Novos Debates, 8(2). https://doi.org/10.48006/2358-0097/V8N2.E8202

Edição

Seção

Ensaios