Cartografia-ananse

Territórios do axé na Tríplice Fronteira

Authors

  • Marina Aureo Galdino Iyálorixá do Ile Axé e do Afoxé Oju Ogun Funmilayol, Rede de Mulheres Negras do Paraná e Conselho Municipal de Igualdade Racial de Foz do Iguaçu https://orcid.org/0000-0001-6502-0326
  • Portuguese Portuguese Portuguese
  • Portuguese Portuguese Portuguese

DOI:

https://doi.org/10.48006/2358-0097-6203

Keywords:

Religiões afro-brasileiras, Ananse, Axé, Fronteiras, Espacialidades

Abstract

The border, as a metaphor, a methodological approach or an issue is not absent from the literature on Afro-Brazilian religions. Nevertheless, there is a sensitive gap between thinking about frontiers and a frontier-based thinking that assumes the condition of the front, the affront and the afro as potency, making the intersection [encruzilhada] its epistemology. It consists, as this article proposes, drawing on the dynamics of the terreiros in Foz do Iguaçu and the movements of axé in the Triple Frontier, of a vocation of paths of the povo-de-santo and the agencies that cross and constitute it. In this nomadology, Anansi, the spinner of stories and worlds of the ashanti, is the best of the cartographers, and the boiadeiros, orixás, exus, and caboclos teach that, like a spider, to “live in the saint” [viver no santo] means to make your own place, living from what you weave.

References

ACSELRAD, Henri. 2015. “O debate sobre cartografia e processos de territorialização –anotações de leitura”. In: Henri Acselrad; André Dumas Guedes; Maia Laís Jabace. (Orgs.). Cartografias sociais, lutas por terra e lutas por território: um guia de leitura. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ. p. 08-29.

AROCHA, Jaime. 1998. “Los ombligados de Anansi”. Nómadas (Col) 9:201-209. Bogotá: Universidad Central Bogotá.

BELISO DE JESUS, Aisha. 2015. Eelectric Santería: racial and sexual assemblages of transnational religion. New York: Columbia University Press.

BHABHA, Homi. 2007. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG.

BLUM, Caroline. et. al. 2018. “Lugares de axé: notas sobre um inventário de terreiros de candomblé em Curitiba e região metropolitana”. In: Ana Raggio; Regina Bley e Silvia Trauczynski (orgs.). População Negra no Estado do Paraná: Coletânea de Artigos – Abordagem Sociológica, volume 1. Curitiba: SEJU. p. 248-272.

CARVALHO, José Jorge de. 1999. Um espaço público encantado: pluralidade religiosa e modernidade no Brasil. Brasília: Editoria da UnB.

DAS, Veena; POOLE, Deborah. 2004. Anthropology in the margins of the state. Oxford/New York: Oxford University Press.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. 2011. Mil Platôs, volume 1. São Paulo: Editora 34.

DOS ANJOS, José Carlos Gomes. 2006. No território da linha cruzada: a cosmopolítica afro-brasileira. Porto Alegre: Editora da UFRGS e Fundação Cultural Palmares.

EVANGELISTA, Daniele Ferreira. 2015. “Fundando um axé: reflexões sobre o processo de construção de um terreiro de candomblé”. Religião & Sociedade 35(1):68-85.

FONSECA, Denise Pini Rosalem da; GIACOMINI, Sonia Maria. 2013. Presença do Axé: Mapeando terreiros no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora da PUC-RJ/ Pallas.

FRIJERIO, Alejandro. 2013. “A transnacionalização como fluxo religioso na fronteira e como campo social: umbanda e batuque na argentina”. Debates do NER 14(23):15-57.

GOLDMAN, Marcio. 2003. “Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia”.Revista de Antropologia 46(2):423-444.

LEFEBVRE, Henri. 1999. A revolução Urbana. Belo Horizonte: UFMG.

LIMA, Vivaldo da Costa. 2003. A família de santo nos candomblés jejes-nagôs da Bahia: um estudo de relações intragrupais. 2. ed. Salvador: Corrupio.

LIRA, Karina Monteiro de. 2017. “Reconhecimento de ‘novos’ patrimônios: o caso do tombamento do Terreiro Ilê Omo Agboulá – BA”. Anais do 1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil. Belo Horizonte.

MATORY, J. Lorand. 2015. La religión del Atlántico Negro: tradición, transnacionalismo y matriarcado en el candomblé afrobrasileño. Santiago de Cuba: Casa del Caribe y Editorial Oriente.

MATORY, J. 1999. “Jeje: repensando nações e transnacionalismo”. Mana 5(1):57-80.

MEIRA, Thomás Antônio Burneiko. 2017. “As raízes da Nação e as ‘nações’ da ‘raiz’: esboço para (mais) uma contrateoria dos sincretismos entre cultos no candomblé”. Cadernos de Campo 26(1):86-110.

NASCIMENTO, Elisa Larkin; GÁ, Luiz Gomes (Orgs.). 2009. Adinkra: sabedoria em símbolos africanos. Rio de Janeiro: Pallas.

ORO, Ari Pedro. 2013. “Transnacionalização religiosa sem migração no cone sul”. Debates do NER 14(23):61-72.

RANCIÈRE, Jacques. 2009. A partilha do sensível. São Paulo: EXO experimental Editora 34.

RISÉRIO, Antônio. 2012. A cidade no Brasil. São Paulo: Editora 34.

SANTOS, Juana Elbein dos. 2008. Os Nàgô e a morte: Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia. 13ª ed. Petrópolis: Vozes.

SILVA, Vagner Gonçalves da. 2008. “As esquinas sagradas: o candomblé e o uso religioso da cidade”. In: José Guilherme Cantor Magnani; Lilian de Lucca Torres, (orgs.). Na Metrópole. Texto de antropologia urbana. 3 ed. São Paulo: EDUSP. p. 88-123.

SILVA, VagnerGonçalves da. 1995. Orixás da metrópole. Petrópolis: Vozes.

SIMAS, Luiz Antonio; RUFINO, Luiz. 2018. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula.

SODRÉ, Muniz. 1988. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Rio de Janeiro: Vozes.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. 2010. Pode o Subalterno Falar? Belo Horizonte: Editora UFM.

TUAN, Yi-Fu. 2012. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. Londrina: EDUEL.

TURNBULL, David. 2003. Masons, tricksters and cartographers: comparative studies in the sociology of scientific and indigenous knowledge. London, New York: Routledge.

VELAME, Fábio Macedo. 2015. “Corpos nômades: o cortejo da festa da bandeira em Ponta de Areia”. In: Fátima Tavares e Francesca Bassi (orgs.). Festas na Baía de Todos os Santos: visibilizando diversidades, territórios, sociabilidades. Salvador: EDUFBA.

Published

2021-08-18

How to Cite

Galdino, M. A. ., Portuguese, P., & Portuguese, P. (2021). Cartografia-ananse: Territórios do axé na Tríplice Fronteira. Novos Debates, 6(1-2). https://doi.org/10.48006/2358-0097-6203

Issue

Section

New Research