Consumo, sistemas classificatórios e disputas identitárias no "veganismo de periferia" do perfil @tallitaxavier no tiktok e no instagram
DOI:
https://doi.org/10.48006/2358-0097/V10N1.E101008Palabras clave:
consumo; mediação cultural; influenciadores digitais; veganismo; classes populares.Resumen
O artigo tem como objetivo compreender os significados do “veganismo de periferia” apresentado no perfil @thallitaxavier e de que modo esse estilo de vida é disseminado nas mídias sociais TikTok e Instagram. Nesse contexto, foi possível observar a maneira pela qual o fenômeno do consumo aparece como palco de disputas identitárias e negociações acerca do que seja “ser periférico”, dentro de um fluxo de mediação cultural. A partir de pesquisa etnográfica, foram analisados conteúdos elaborados pela “influenciadora digital” Thallita Xavier nas referidas mídias, observando-se também as interações com o público nos comentários. Entre os resultados, destacam-se a intenção de colocar o “veganismo de periferia” no contexto de uma cultura afrodiaspórica, a adoção desse estilo de vida como um meio de confrontação da exclusão social, e a afirmação do consumo enquanto “escolha” e não como resultado de uma inevitável “carência material”.
Citas
ABIDIN, Crystal. 2015. “Communicative intimacies: Influencers and Perceived Interconnectedness”. Ada: A Journal of Gender, New Media, and Technology, issue n. 8: Gender, Globalization and the Digital.
ASSUNÇÃO, Viviane Assunção. 2006. “Comida na TV: As relações entre práticas alimentares e audiência de programas de culinária”. Anais da 25a Reunião Brasileira de Antropologia. Goiânia, vol. 01. CD-ROM.
BARBOSA, Lívia; GOMES, Laura Graziela. 2016. “Dossiê Mercados Contestados” (ed). Revista Antropolítica/UFF, 41(2): 9-24. DOI: https://doi.org/10.22409/antropolitica2016.0i41.a486
BARROS, Carla. 2020. “Not even the sky is the limit: the meanings of consumption and the dynamics of social mobility on the @blogueiradebaixarenda profile on Instagram and Youtube”. Sociol. Antropol., 10 (3), sep-dec: 831-859. DOI: https://doi.org/10.1590/2238-38752020v1033
BOELLSTORFF, Tom; Nardi, Bonnie; PEARCE, Celia; TAYLOR, T.L. 2012. Ethnography and Virtual Worlds: A Handbook of Method. Princeton: Princeton University Press. DOI: https://doi.org/10.2307/j.cttq9s20
BOURDIEU, Pierre. 1979a. La distinction: critique sociale du jugement. Paris: Minuit.
BOURDIEU, Pierre. 1979b. “Les Trois États du capital culturel”. Actes de la Recherche em Sciences Sociales, 30: 3-6. DOI: https://doi.org/10.3406/arss.1979.2654
DAMATTA, Roberto. 2001. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. 3a ed. Rio de Janeiro: Zahar.
DOUGLAS, Mary; ISHERWOOD, Baron. 1979. The world of goods: Towards an anthropology of consumption. Middlesex: Penguin.
DUARTE, Luiz Fernando Dias; GOMES, Edilaine. 2008. Três famílias: identidades e trajetórias transgeracionais nas classes populares. Rio de Janeiro: FGV.
GARCIA CANCLINI, Nestor. 2001. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. 4aed. Rio de Janeiro: UFRJ.
HINE, Christine. 2015. Ethnography for the Internet: embodied, embedded and everyday. London: Bloomsbury Publishing.
MILLER, Daniel. 1987. Material Culture and Mass Consumption. Oxford: Basil Blackwell.
MILLER, Daniel; SLATER, Don. 2004. “Etnografia on e off-line: cibercafés em Trinidad”. Horizontes antropológicos, 10(21): 41-65. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832004000100003
PINK, Sarah; HORST, H.; POSTILL, John; HJORTH, L.; LEWIS, T.; TACCHI, Jo. 2015. Digital ethnography: Principles and practices. London: Sage.
PINTO, Michele de Lavra. 2016. Políticas públicas de transferência de renda: um estudo sobre o Programa Bolsa Família na favela do Pavão-Pavãozinho, Rio de Janeiro. Tese de Doutorado em História, Política e Bens Culturais, CPDOC/FGV, Rio de Janeiro.
POULAIN, Jean-Pierre. 2004. Sociologias da alimentação: os comedores e o espaço social alimentar. Florianópolis: UFSC.
RAMOS, Jair Santos. 2015. “Subjetivação e poder no ciberespaço: da experimentação à convergência identitária na era das redes sociais”. Vivência: Revista de Antropologia, n. 45: 57-76.
RIBEIRO, Ana Elisa. 2017. “Letramento digital: um tema em gêneros efêmeros”. Revista da ABRALIN, 8(1): 15-38. DOI: https://doi.org/10.5380/rabl.v8i1.52433
SAHLINS, Marshal. 1979. Cultura e Razão Prática. Rio de Janeiro: Zahar.
SCALCO, Lucia; PINHEIRO-MACHADO, Rosana. 2010. “Os sentidos do real e do falso: o consumo popular em perspectiva etnográfica”. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 53 (1): 321-359.
SKAGEBY, Jorgen. 2011. “Online Ethnographic Methods: Towards a Qualitative Understanding of Virtual Community Practices”. In: Ben Kei Daneil (org.). Handbook of Research on Methods and Techniques for studying Virtual Communities : Paradigms and Phenomena. Linköping. Sweden: IGI Global. p. 410-428. DOI: https://doi.org/10.4018/978-1-60960-040-2.ch025
SLATER, Don. 2002. Cultura do consumo e modernidade. São Paulo: Nobel.
VELHO, Gilberto; KUSCHNIR, Karina. (Orgs.). 2001. Mediação, Cultura e Política. Rio de Janeiro: Aeroplano.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Novos Debates
Esta obra está bajo una licencia Creative Commons Reconocimiento 3.0 Unported.
Política de Acesso Aberto
Somos uma revista de acesso aberto. Não cobramos pela publicação de artigos ou pelo acesso aos fascículos da revista.
Todo o conteúdo da revista, exceto indicação contrária em materiais específicos, está licenciado sobre Atribuição 3.0 Creative Commons Brasil (CC BY 3.0 BR).
Você tem o direito de:
– Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
– Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
– O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
– Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
– Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
