Caminhar(es)
Movimento e aprendizagem em Tim Ingold
DOI:
https://doi.org/10.48006/2358-0097-7109Palavras-chave:
Caminhar, Organismo, Ambiente, Movimento, AprendizagemResumo
O ensaio objetiva, sobretudo a partir de Tim Ingold, considerar as implicações ecológicas do caminhar, isto é, das implicações surgidas na relação organismo-meio no contexto e fluir desta ação. Evocando uma etnografia do caminhar dos Van Gujjar e, outra, dos caminhos e histórias dos Tłı̨chǫ, o ensaio segue os contrastando com o caminhar urbano caracterizado por Goffman e Kawada. Evidenciando que a emergência das cidades modernas e os ritmos acelerados da vida urbana contemporânea operaram diversas inversões nas lógicas e maneiras do caminhar apresentadas nos exemplos etnográficos mencionados, o ensaio argumenta que tais processos impactaram de maneira danosa não apenas a ‘proceduralidade’ do caminhar, mas, consequentemente, a compreensão do que é ‘habitar’.
Referências
AUGÉ, Marc. 1994. Não-Lugares: Introdução a Uma Antropologia da Supermodernidade. São Paulo: Papirus.
BROWN, Tom. 1978. The Tracker: The Story of Tom Brown, Jr. as Told by William Jon Watkins. Nova Iorque, Estados Unidos: Prentice Hall.
CURTIS, Elizabeth. 2008. “Walking Out of the Classroom: Learning on the Streets of Aberdeen”. In: Tim Ingold e Jo Lee Vergunst. Ways of Walking. Burlington, Estados Unidos: Ashgate. p. 143-154.
DAMÁSIO, António. 2018. A Estranha Ordem das Coisas: As Origens Biológicas da Cultura. São Paulo: Companhia das Letras.
GIBSON, James. 2015 [1979]. The Ecological Approach to Visual Perception. Nova Iorque, Estados Unidos: Taylor & Francis.
GOFFMAN, Ervin. 1971. Relations in Public: Microstudies of the Public Order. Londres, Reino Unido: Allen Lane.
GOOCH, Pernille. 2008. “Feet Following Hooves”. In: Tim Ingold e Jo Lee Vergunst. Ways of Walking. Burlington, Estados Unidos: Ashgate. p. 67-80.
INGOLD, Tim. 2015. The Life of Lines: A World Without Objects. Londres, Reino Unido; Nova Iorque, Estados Unidos: Taylor & Francis.
INGOLD, Tim. 2010. Being Alive: Essays on Movement, Knowledge and Description. Londres, Reino Unido; Nova Iorque, Estados Unidos: Taylor and Francis.
INGOLD, Tim. 2000. The Perception of the Environment: Essays on Livelihood, Dwelling and Skill. Londres, Reino Unido; Nova Iorque, Estados Unidos: Taylor and Francis.
KAWADA, Junzo. 1996. “Postures de portage et de travaux manuels – en rapport avec d’autres domaines de la vie japonaise”. Colloque Culture et Usages du Corps, Saint Germain en Laye, França.1–4 de março.
LEGAT, Alice. 2008. “Walking Stories; Leaving Footprints”. In: Tim Ingold e Jo Lee Vergunst. Ways of Walking. Burlington, Estados Unidos: Ashgate. p. 35-50.
OYAMA, Susan. 2000. The Ontogeny of Information: Developmental Systems and Evolution. Cambridge, Inglaterra: Duke University Press.
MAUSS, Marcel. 2003. “As Técnicas do Corpo”. In: Marcel Mauss. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify. p. 399-422.
SUZUKI, Tadashi. 1986. The Way of Acting: The Theatre Writings of Tadashi Suzuki. Nova Iorque, Estados Unidos: Theatre Communications Group.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Novos Debates
Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.
Política de Acesso Aberto
Somos uma revista de acesso aberto. Não cobramos pela publicação de artigos ou pelo acesso aos fascículos da revista.
Todo o conteúdo da revista, exceto indicação contrária em materiais específicos, está licenciado sobre Atribuição 3.0 Creative Commons Brasil (CC BY 3.0 BR).
Você tem o direito de:
– Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
– Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
– O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
– Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
– Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.