Antropológicas maternas
DOI:
https://doi.org/10.48006/2358-0097/V10N2.E102006Palavras-chave:
mulhres, maternidade, trabalho, antropologia, cuidadoResumo
Ao longo dos cerca de 4 minutos deste vídeo-ensaio experimental, uma criança de três anos invade diferentes falas de sua mãe enquanto elas são transmitidas remotamente. A mãe atravessada pela criança é uma antropóloga, professora e pesquisadora que dá aulas, escreve, estuda e pensa de modo entrecortado, interrompido, fragmentado, atropelado pelas necessidades da filha. O vídeo, construído a partir de um acervo em baixa resolução de aulas e eventos que ocorreram ao longo de 2020 (o primeiro ano da pandemia de covid-19), é perpassado por situações inusitadas, pela fofura da presença da criança - e pelo se desdobrar em múltiplos papéis simultâneos e consequente exaustão da mãe. Embora traga os rostos de uma mãe e de uma criança, o vídeo transcende as especificidades das pessoas nele retratadas, do fazer antropológico ou mesmo científico: é um vídeo sobre articulações entre práticas maternas e profissionais. Este trabalho gera identificação e angústia naquelas que compartilham a mesma experiência do se desdobrar entre o trabalho do cuidado e aquele que remunera. A esperança é que ele também consiga levar um pouco dessa experiência para aqueles que não a compartilham, mas muitas vezes avaliam as pessoas que passam por ela.
Referências
CARAMURU TELES, Bárbara; REBELO, Francine. (Orgs). 2021. O pessoal é político, relato de mães acadêmicas no contexto da pandemia. São Paulo: Editora Dialética.
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