Gilead e Nós
DOI:
https://doi.org/10.48006/2358-0097/V10N1.E101002Palavras-chave:
alteridade; antropologia e literatura; arquivo; Margaret Atwood; representações da antropologia.Resumo
O ensaio aborda questões a respeito do trabalho com relatos, documentos e arquivos a partir das obras “O conto da aia” e “Os testamentos”, da autora canadense Margaret Atwood. Os dois textos recebem uma espécie de apêndice na forma de “notas históricas” aos romances, em momentos situados no futuro e no qual praticantes de “Antropologia Caucasiana” interpretam o material deixado por personagens femininas. Há nessas passagens uma importante crítica na forma de uma representação do trabalho com arquivos pelas ciências humanas. Defendo que o problema da representação, constitutivo da antropologia reflexiva, se atualiza com a leitura da obra de Atwood, a que trato tanto como uma forma de “antropologia especulativa” (Nodari, 2015) quanto a expressão de uma “antropologia reversa” (Wagner, 2017).
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