Narrar a dor
Participação social e violência obstétrica em um projeto de extensão no Ensino Médio (Porto Seguro, Bahia)
DOI:
https://doi.org/10.48006/2358-0097-7120Palavras-chave:
Obstetric violence, High School, Narratives, Porto Seguro-BA, Social participationResumo
Como abordar a ‘violência obstétrica’ em uma escola pública no mesmo momento em que o Ministério da Saúde despacha sobre a inadequação do termo? Exploraremos este problema de fundo a partir da descrição de um projeto de extensão realizado em uma escola estadual em Porto Seguro (BA), envolvendo a Universidade Federal do Sul da Bahia e o Coletivo Parto Seguro: pelo fim da violência obstétrica. Por fim, as conversas entre a antropóloga coordenadora do projeto, as ativistas do Coletivo e jovens estudantes da rede de ensino estadual levam-nos a apontar brevemente para um possível caminho de abordagem da violência obstétrica no debate público.
Referências
BARBOSA, Luiza de Marilac Meireles. 2016. Desenvolvimento de tecnologias sociais na área da saúde da mulher: intervenções em nível comunitário com gestantes. Tese de Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura, Universidade de Brasília, Brasília.
BERGSON, Henri. 1959[1900]. Le rire. Essai sur la signification du comique. Paris: Presses Universitaires de France.
BRASIL. 2005. Lei 11.108, de 7 de Abril de 2005. Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. Brasília: 2005. Disponível em: http://www.planalto .gov.br/ccivil_03/_Ato2004 2006/2005/Lei/L11108.htm.
BRASIL. 2007. Lei 11.634, de 27 de setembro de 2007. Dispõe sobre o direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11634.htm.
BRASIL. 2009. Guia de vigilância epidemiológica do óbito materno. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação em Saúde.
CFM. 2018. Conselho Federal de Medicina. Processo Consulta n. 22/2018 – Parecer CFM n. 32/2018.
COLETIVO PARTO SEGURO. 2018. Violência obstétrica: depoimentos da região de Porto Seguro (Bahia). Duração: 3’28”. Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hFM0tr7A9es&ab_channel=ColetivoPartoSeguro. Acesso em: 30/06/21.
DUARTE, Caroline Castanho. 2020. Apresentação no 1o Ciclo de Debates em Direitos Humanos do Programa de Extensão em Direitos Humanos. Universidade Federal do Sul da Bahia (PexDH/UFSB).
DUARTE, Caroline Castanho; MONCAU, Joana e AZEVEDO, Patrícia. 2019. “O poder da linguagem audiovisual na verbalização da violência obstétrica: a experiência de um coletivo de mulheres na Bahia”. In: Anais do 8o Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde. GT Ampliando linguagens. Rio de Janeiro.
KATZ, Leila et al. 2020. “Quem tem medo da Violência Obstétrica?”. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., 20 (2): 623-626.
FARIA, Denise Gonzalez Stellutti de. 2015. “EMBRIÃO” de centro de parto normal fundamentado na experiência de formação de enfermeiros obstetras. Tese de Doutorado em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto.
GARCIA, Loreley; SILVA, Marina e NOVAIS, Marcella. 2020. “O tão difícil começo: as adolescentes decidem sobre iniciação sexual”. 44o Encontro Anual da ANPOCS. Online.
HILL COLLINS, Patricia. 2019 [1990]. “Pensamento feminista negro: o poder da autodefinição”, In: Heloísa Buarque de Hollanda (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Ed. Bazar do Tempo. pp. 271-310
LANSKY, Sônia et al. 2014. “Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido”. Cadernos de Saúde Pública [online], 30(1): S192-S207. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00133213.
LEAL, M.C.; GAMA, S.G.N et al. 2014. Nascer no Brasil - Sumário executivo temático da pesquisa “Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento”. Rio de Janeiro: ENSP/Fiocruz. Disponível em: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/arquivos/anexos/nascerweb.pdf. Acesso em: 15 nov. 2015.
SANTANA, Rita. 2020. Apresentação no 1o Ciclo de Debates em Direitos Humanos do Programa de Extensão em Direitos Humanos da Universidade Federal do Sul da Bahia (PexDH/UFSB).
SANTOS, Eduarda Motta. 2021. Formas de menosprezo da violência obstétrica: as vozes das participantes do Fórum da Rede Cegonha. Dissertação de Mestrado em Estado e Sociedade, Universidade Federal do Sul da Bahia, Porto Seguro.
SENA, Ligia Moreiras. 2016. “Ameaçada e sem voz, como num campo de concentração.” A medicalização do parto como porta e palco para a violência obstétrica. Tese de Doutorado em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
SILVA, Cristiane Gonçalves e BORBA, Patrícia. 2020. “Gênero, sexualidade e juventude nas escolas: questões de método na pesquisa, na extensão e na formação universitária na Baixada Santista”. Anais do 44o Encontro Anual da Anpocs. Online. Disponível em: https://www.anpocs2020.sinteseeventos.com.br/
DAS, Veena. 1999. “Fronteiras, violência e o trabalho do tempo: alguns temas wittgensteinianos”. RBCS, 14(40): 31-42.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Novos Debates
Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.
Política de Acesso Aberto
Somos uma revista de acesso aberto. Não cobramos pela publicação de artigos ou pelo acesso aos fascículos da revista.
Todo o conteúdo da revista, exceto indicação contrária em materiais específicos, está licenciado sobre Atribuição 3.0 Creative Commons Brasil (CC BY 3.0 BR).
Você tem o direito de:
– Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
– Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
– O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
– Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
– Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.