Lavando o cidadão
Banho, limpeza e cidadania no cuidado em saúde mental
DOI :
https://doi.org/10.48006/2358-0097/V9N1.E9106Mots-clés :
psiquiatria, cidadania, participação, cuidado, banhoRésumé
A participação na comunidade e a cidadania para os pacientes são ideais comuns que inspiram melhorias na assistência à saúde mental. Mas o que se entende por cidadania? Aqui é feita uma análise das práticas de banho, na enfermagem psiquiátrica, em instituições de saúde mental de longa permanência. São descritos quatro repertórios de banho, cada um orientado para uma noção específica de cidadania. No primeiro repertório, o banho faz parte da privacidade individual; o paciente é “representado” como um indivíduo cuja autenticidade deve ser respeitada, a fim de equipá-lo para a participação na comunidade. No segundo repertório, tomar banho é uma habilidade básica; o paciente deve aprender a cuidar de seu corpo para se tornar um cidadão independente. No terceiro repertório, o banho é uma condição prévia para a cidadania; os pacientes devem ser ajudados a desenvolver seus potenciais para que possam encontrar seu caminho na comunidade. No quarto repertório, tomar banho é uma oportunidade, entre outras, para desenvolver relações sociais; o alcance e a qualidade dessas relações definem um cidadão. Esta análise abre, não a pergunta do se, mas sobre que tipo de cidadania deve ser promovida.
Références
ANTHONY, William; COHEN, Mikal; FARKAS, Marianne. 1982. “A Psychiatric Rehabilitation Treatment Program: Can I Recognize One If See One?”. Community Mental Health Journal 18(2), p.83–95. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00754453
ANTHONY, William; COHEN, Mikal; FARKAS, Marianne. 1990. Psychiatric Rehabilitation. Boston: Boston University.
ATKINSON, Dorothy. 1998. “Living in Residential Care”. In: Ann Brechin, Jan Walmsley, Jeanne Katz y Sheila Peace (eds) Care Matters: Concepts, Practice and Research in Health and Social Care, p. 13–25. London: Sage Publications.
BARRET, Robert. 1998. “The ‘Schizophrenic’ and the Liminal Persona in Modern Society”. Culture, Medicine and Psychiatry 22(4), p.465–494. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1005393632053
BOLTANSKI, Luc; THÉVONT, Laurent. 1998. Des Justifications: Les E´ conomies de la Grandeur. Paris: Editions Gallimard.
BORGESIUS, Els. 1988 “Tussen Therapie en ‘Gewoon Doen’. Het Werk van Psychiatrisch Ver pleegkundigen”. Tijdschrift voor Ziekenverpleging 42(25), p. 808–810.
BORGESIUS, Els; DE LANGE, Jacomine; MEURS, Pauline. 1988. Verpleegkundigen Zonder Uniform. Over de Pluriformiteit van het Beroep van Psychiatrisch Verpleegkundigen. Lochem: De Tijdstroom.
BOSCHMA, Geertje. 1997. Creating Nursing Care for the Mentally Ill. Mental Health Nursing in Dutch Asylums 1890–1920. Ph.D. dissertation, Nursing University of Pennsylvania.
BOSCHMA, Geertje. 2003. The Rise of Mental Health Nursing: A History of Psychiatric Care in Dutch Asylums 1890–1920. Amsterdam: Amsterdam University Press. DOI: https://doi.org/10.5117/9789053565018
CHIU, Edward O. STRUBETSKAYA, O.; WILLIAMS, M. 1999. “Psychosocial Rehabilitation of the Elderly with Mental Disorder: A Neglected Area in the Psychiatry of Old Age”. Current Opinion in Psychiatry 12(4), p. 445–493. DOI: https://doi.org/10.1097/00001504-199907000-00011
CONSTANTINIDES, Pamela. 1985. “Women Heal Women: Spirit Possession and Sexual Segregation in a Muslim Society”. Social Science and Medicine 21(6), p. 685–692. DOI: https://doi.org/10.1016/0277-9536(85)90208-4
DANKERS, Joost; VAN DER LINDEN, Joost. 1996. Van Regenten en Patie¨nten. De Geschiedenis van de Willem Arntsz Stich ting: Huis en Hoeve, Van der Hoeven Kliniek en Dennendal. Amsterdam: Boom.
DE SWANN, Abram; DEVISCH, Renaat. 1985. “Polluting and Healing among the Northern Yaka of Zaire”. Social Science and Medicine 21(6), p. 693–700. DOI: https://doi.org/10.1016/0277-9536(85)90209-6
DOUGLAS, Mary. 1966. Purity and Danger: An Analysis of the Concepts of Pollution and Taboo. London: Routledge and Kegan Paul.
ELIAS, Norbert. 1976. U¨ber den Prozess der Zivilisation. Soziogenetische und Psychogenetische Untersuchungen. Vol 1: Wandlungen des Verhaltens in den weltlichen Obersichten des Abendlandes. Vol 2: Wandlungen der Gesellschaft. Entwurf zu einer Theorie der Zivilisation. Baden-Baden: Suhrkamp Taschenbuch Verlag.
ESTROFF, Sue. 1995. “Brokenhearted Lifetimes: Ethnography, Subjectivity, and Psychosocial Rehabilitation”. International Journal of Mental Health Care 24(1), p.82–92. DOI: https://doi.org/10.1080/00207411.1995.11449306
FOUCAULT, Michel. 1985. The History of Sexuality Vol. II: The Use of Pleasure. New York: Pantheon.
FOUCAULT, Michel. 1986. The History of Sexuality Vol. III: The Care of the Self. New York: Pantheon.
GARFINKEL, Harold. 1967. Studies in Ethnomethodology. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall.
GASTELAARS, Marja. 1994. “Publiek Private Aangelegenheden. Een Essay over de Wc”. Kennis and Methode 18(1), p.69–89.
GUNSTEREN, Herman. 1991. “The Ethical Context of Bureaucracy and Performance Analysis”. In: F. Kaufmann (ed) The Public Sector-Challenge for Coordination and Learning, p. 309–325. Berlin: De Gruyter. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110857016-016
GUNSTEREN, Herman. 1992. “Eigentijds Burgerschap”. In: Herman Gunsteren WRR-publikatie vervaardigd onder leiding. Wetenschappelijke Raad voor het Regeringsbeleid. S-Gravenhage: SDU uitgeverij.
LAW, John. 1994. Organising Modernity. Oxford: Blackwell Publishers.
MASLOW, Abraham. 1970. Motivation and Personality. 2nd edn. New York: Harper and Row. MOL, Annemarie .1998. “Missing Links, Making Links: The Performance of Some Atheroscleroses”. In:Marc Berg and Mol Annemarie (eds) Differences in Medicine: Unraveling Practices, Techniques and Bodies, p.144–165. Durham: Duke University Press. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv1220pvr.11
MOL, Annemarie .2002. The Body Multiple: An Ontology of Medical Practice. Durham: Duke University Press. DOI: https://doi.org/10.1215/9780822384151
NAUTA, Lolle W. 1992. “Changing Conceptions of Citizenship”. Praxis International 12(1), p. 21–34.
POLS, Jeannette. 2006a. “Accounting and Washing: Good Care in Long-term Psychiatry”. Science, Technology and Human Values, Forthcoming. DOI: https://doi.org/10.1177/0162243906287544
POLS, Jeannette. 2006b. “Washing the citizen: Washing, cleanliness and citizenship in mental health care”. Culture, Medicine & Psychiatry 30 (1), pp. 77-104. DOI: https://doi.org/10.1007/s11013-006-9009-z
POLS, Jeannette; DEPLA, Marja; DE LANGE, Jacomine. 1998. Gewoon oud en Chronisch. Mogelijkheden en Beperkingen in de zorg voor Ouderen met een Psychiatrische Achtergrond in het Verzorgingshuis. Utr echt: Trimbos-instituut.
POLS, Jeannette; DEPLA, Marja; MICHON, Harry; KROON, Hans. 2001. Rehabilitatie als Praktijk. Een Etnografisch Onderzoek in Twee Psychiatri sche Ziekenhuizen. Utrecht: Trimbos-instituut.
ROGERS, Carl R. 1961. On Becoming a Person: A Therapist’s View of Psychotherapy. London: Constable and Co.
SWAAN, Abram. 1988. In Care of the State. Cambridge: Polity Press.
THOMPSON, Catherine. 1985. “Perceptions of Female Power in a Hindu Village”. Social Science and Medicine 21(6), p.701–711. DOI: https://doi.org/10.1016/0277-9536(85)90210-2
TONKENS, Evelien. 1999. Het zelfontplooiingsregime. De actualiteit van Dennendal en de Jaren 60. Amsterdam: Bert Bakker.
TWIGG, Julia. 2000. Bathing: The Body and Community Care. London: Routledge.
VIGARELLO, George. 1988. Concepts of Cleanliness: Changing Attitudes in France since the Middle Ages. New York: Cambridge University Press/Paris: Editions de la Maison des Sciences de l’Homme.
WATTS, F; BENNETT, Douglas. 1983. Theory and Practice of Psychiatric Rehabilitation. Chichester: John Wiley and Sons.
WINANCE, Myriam. 2001. The`se et Prothe`se. Le Processus d’Habilitation comme Fabrication de la Personne. L’Association Franc¸aise contre les Myopathies Face au Handi cap. Ph.D. dissertation, Department of Socio-Economie de l’Innovation, ENSMP, CSI.
WINANCE, Myriam. 2002. “The Making of the Person through the Process of ‘Habilitation.’ The French Muscular Dystrophy Association against Disabilities”. Paper presented at the conference of the European Association for the Study of Science and Technology, York, August 2.
WITHUIS, Jolande. 1990. Opoffering en heroiek. De mentale wereld van een Communistische vrou wenorganisatie in naoorlogs Nederland 1946–1976. Meppel/Amsterdam: Boom.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. 1996. Psychosocial Rehabilitation. A Consensus Statement. Geneva: WHO/ MNH/MND 96 (2).
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Novos Debates 2023
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 3.0 non transposé.
Política de Acesso Aberto
Somos uma revista de acesso aberto. Não cobramos pela publicação de artigos ou pelo acesso aos fascículos da revista.
Todo o conteúdo da revista, exceto indicação contrária em materiais específicos, está licenciado sobre Atribuição 3.0 Creative Commons Brasil (CC BY 3.0 BR).
Você tem o direito de:
– Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
– Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
– O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
– Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
– Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
